Relatório Global da OMS sobre Prevenção de Quedas na Velhice (2010)
Ter independência funcional e autonomia é algo que todos nós valorizamos ao longo da vida. E, na velhice não é diferente. Mais de um terço das pessoas idosas sofrem pelo menos uma queda ao ano. Aquelas que caem mais de uma vez têm cerca de três vezes mais chance de cair novamente. As lesões decorrentes das quedas geram significativas limitações físicas e psicológicas aos idosos. Os custos relacionados ao seu tratamento são substanciais e tendem a aumentar nas próximas décadas com o crescimento da população idosa no Brasil e o fato de que os idosos estão ano após ano mais longevos. Chama atenção o fato de que a América Latina é a região que mais rapidamente envelhece hoje no mundo - o que implica em desafios importantes na implantação de políticas públicas que possibilitem a longevidade com melhor qualidade de vida.
Assim, é com muita satisfação que apresentamos a vocês esta versão em português, de livre tradução da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, do Relatório do Encontro Técnico sobre Prevenção das Quedas na Velhice da Organização Mundial de Saúde (OMS), realizado em Victoria, Canadá, em fevereiro de 2007. Neste encontro, profissionais da saúde - representando governos, instituições acadêmicas e da sociedade civil - de todos os continentes apresentaram e discutiram ampla e profundamente as questões relacionadas aos temas contidos neste relatório. Foram todos criteriosamente escolhidos pelo seu saber e pela sua liderança no desenvolvimento de programas e de políticas públicas de prevenção de quedas, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento.
O objetivo central deste documento, que inclui perspectivas internacionais e regionais, é de pautar um modelo de Prevenção de Quedas, alicerçado no marco político do Envelhecimento Ativo da OMS com ênfase na perspectiva de curso de vida e intervenções intersetoriais - como, por exemplo, as "estratégias amigas das pessoas idosas".
Trata-se de importante documento que aborda os principais aspectos relacionados ao tema e dá subsídios para que os gestores possam implantar políticas públicas intersetoriais, assumindo então a Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas como uma prioridade de saúde pública frente ao envelhecimento no Brasil.
Por: Alexandre Kalache e Monica Perracini
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